quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

V DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B

Evangelho Mc 1, 29-39

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou- Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Reflectindo o Evangelho

“Não sei como é que Deus permite que aquela pessoa sofra tanto!”; aquela pessoa não merecia sofrer tanto…”; “que mal fiz eu a Deus para sofrer tanto?!”… São expressões que todos nós já ouvimos ou mesmo pronunciamos. O mesmo se passa com Job, que desabafa o seu duro sofrimento: “recebi em herança meses de desilusão”(1ª Leitura). Deus não ignora o nosso sofrimento. Contudo, também não temos uma resposta plena para este grande mistério. O que podemos ter a certeza é que Deus nos ama a cada um indistintamente e quer para cada um de nós a felicidade, ainda que à primeira vista possa parecer ilógico aos nossos raciocínios. Prova disso é que Jesus realizou, realiza e realizará milagres em favor de toda a humanidade. E fá-lo com dois objectivos: ou para premiar a fé ou para provocar a fé, mas sempre no contexto e com a orientação do anúncio da mensagem do Evangelho: “Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim” (ver Evangelho).

Queixámo-nos com frequência de que Deus está ausente ao drama do ser humano, que Deus está longe e que é indiferente ao homem e à mulher, que Deus permitiu aquela grande catástrofe, que Deus podia ter evitado os ataques terroristas na América em 2001. Mas, por outro lado, queremos que Deus não interfira na nossa vida, pois a sua doutrina limita a nossa liberdade, queremos extinguir os crucifixos das escolas e dos hospitais, temos medo de testemunhar e de nos afirmarmos como cristãos, somos indiferentes quando nos “atacam” os princípios cristãos que defendemos… Não esqueçamos: “ai de mim se não evangelizar” (2ª leitura). Eis o grande imperativo em que qualquer cristão está inserido. Não sejamos tíbios nem indiferentes nem detentores de um conjunto de verdades mas, pelo testemunho de vida, sejamos este “alarme” que está activo vinte e quatro horas por dia, tendo consciência de que somos fracos, mas que é pela nossa fraqueza e com a fraqueza dos outros que, todos juntos, nos tornamos fortes.

Vivendo o Evangelho

“Todos Te procuram”. Que estas palavras possam também ser aplicadas a cada um de nós, ao longo da nossa vida. Que os outros possam ver em nós um reflexo do Deus em que acreditamos. Que possamos transmitir e dar aos outros uma verdadeira consolação, alegria e esperança, com um prisma diferente daquele que o mundo pode dar. Que os outros sintam a necessidade de estar connosco, pois temos realmente algo de novo para oferecer: Jesus Cristo. Mas não esqueçamos que ninguém pode dar aquilo que não tem. Por isso, só com uma procura assídua de Jesus Cristo e da Sua Palavra isto se poderá concretizar.

A caminho

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